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Zelenskyy condena ataque russo com quase 200 drones


 





Rússia disparou 188 drones contra a Ucrânia na noite de segunda para terça-feira. Ucrânia respondeu com lançamento de mísseis ATACMS de fabrico americano na região russa de Kursk.

A Rússia lançou 188 drones contra 17 regiões da Ucrânia num ataque noturno de segunda para terça-feira, informou a força aérea ucraniana. O ataque constitui o número recorde de drones disparados pela Rússia num único ataque.

"Quase duzentos drones russos contra a Ucrânia num só dia - são quase duzentas provas de que as ambições russas estão completamente desligadas de qualquer ideia de paz real", disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy no seu discurso diário na terça-feira.

Zelenskyy afirmou que, embora a maioria dos drones tenha sido abatida ou neutralizada, os bombardeamentos danificaram edifícios de apartamentos e infraestruturas críticas, como a rede elétrica nacional. Zelenskyy acrescentou que, após o ataque maciço, as consequências ainda estão a ser sentidas na região de Ternopil.

O presidente ucraniano afirmou também que foi feita uma operação de salvamento depois de a Rússia ter lançado um ataque contra uma estação de serviço na região de Sumy, que matou pelo menos duas pessoas. O ataque também danificou um edifício residencial e um jardim de infância.

Zelenskyy disse ainda que Moscovo terá utilizado um sistema de lançamento múltiplo de rockets e que "a única forma de nos defendermos contra tais ataques é destruindo as armas e os sistemas de lançamento russos em território russo".

Foto divulgada pelo canal oficial do Ministério da Defesa russo no Telegram mostrando fragmentos de um míssil disparado pela Ucrânia na região de Kursk na terça-feira.
Foto divulgada pelo canal oficial do Ministério da Defesa russo no Telegram mostrando fragmentos de um míssil disparado pela Ucrânia na região de Kursk na terça-feira.Canal de Telegram do Ministério da Defesa da Rússia via AP

No início de novembro, Biden autorizo ua utilização de armas de longo alcance fornecidas pelos EUA para a Ucrânia atacar o território interior russo, depois de tropas norte-coreanas terem sido destacadas para lutar ao lado de Moscovo na sua guerra contra a Ucrânia. A 19 de novembro, Kiev lançou o seu primeiro ataque com os mísseis do Sistema de Mísseis Tácticos do Exército (ATACMS) fabricados nos EUA.

Entretanto, o Ministério da Defesa russo reconheceu oficialmente que as armas de longo alcance lançadas pela Ucrânia danificaram infraestruturas e feriram vários militares: segundo Moscovo, no sábado foram disparados cinco mísseis ATACMS contra um sistema de mísseis de defesa aérea na região fronteiriça russa de Kursk, dos quais apenas três foram abatidos, ferindo militares e danificando o radar do sistema.

Na segunda-feira, a Ucrânia lançou outro ataque com ATACMS, tendo sido abatidos sete dos oito mísseis. Um deles atingiu as instalações, causando danos menores, e dois militares ficaram feridos.

"Os preparativos para uma ação de retaliação estão em curso", afirmou o ministério russo, sem entrar em pormenores.

O presidente da Duma russa, Vyacheslav Volodin, instou o Ocidente a abster-se de escalar as tensões, uma vez que tal poderia acabar por prejudicar os cidadãos da Europa.

"Temos de parar de criar tensões e de deslizar para o abismo, o que está a acontecer devido às ações e decisões de Biden, Macron, Scholz e outros. O regime de Zelenskyy está condenado. Mas tudo o que estamos a ver acontecer agora pode causar danos e prejuízos aos cidadãos dos países europeus", disse Volodin, acrescentando ainda que a utilização do novo míssil balístico Oreshnik era necessária e oportuna para proteger os cidadãos russos.

Credito: Euronews



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