📸 Pronunciamento do presidente Yoon Suk Yeol em rede nacional pegou sul-coreanos de surpresa
Atualizado
Crise na Coreia do Sul: militares apoiam lei marcial de presidente e desafiam Parlamento; siga
Parlamentares da Coreia do Sul derrubaram nesta terça-feira (3/12) — madrugada de quarta (4/12) em Seul — o decreto de lei marcial no país anunciado horas antes pelo presidente Yoon Suk Yeol.
No entanto, os militares afirmaram que a lei marcial será mantida até que seja suspensa pelo presidente, de acordo com a emissora nacional do país.
Isso ocorre após confrontos entre manifestantes e as forças de segurança dentro e fora da Assembleia Nacional.
Legalmente, após a decisão do Parlamento, o presidente deve revogar a lei marcial, mas Yoon ainda não deu nenhuma declaração desde o momento em que ele se dirigiu à nação.
A crise eclodiu em um momento em que o presidente está enfraquecido após a última eleição, que foi vencida pela oposição.
Yoon anunciou a medida em um pronunciamento não programado que surpreendeu os sul-coreanos.
Ele afirmou que o decreto de estado de exceção é necessário para proteger o país das forças comunistas da Coreia do Norte e para "eliminar elementos antiestado".
A decisão, imediatamente criticada por políticos tanto de oposição quanto governistas, aconteceu em meio a um momento de perda de força política do presidente, que não tem conseguido aprovar leis na Assembleia Nacional, o Parlamento do país.
O presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-sik, apresentou uma resolução pedindo a revogação da lei marcial por volta da 1h no horário local.
A resolução foi aprovada com a presença de 190 membros dos partidos governista e de oposição, todos votando a favor.
Pela lei sul-coreana, a Assembleia tem poderes para derrubar a implementação da lei marcial
Manifestantes contrários à decisão do presidente estão se reunindo fora da Assembleia, em Seul, onde houve confronto com a polícia.
O que é lei marcial
A lei marcial é declarada em situações de emergência e dá poderes às autoridades militares, quando a autoridade civil é considerada incapaz de lidar com a emergência.
Em tese, a lei marcial é declarada apenas temporariamente, apesar de ser estendida indefinidamente em alguns casos.
A última vez que a lei marcial foi declarada na Coreia do Sul foi em 1979, depois do assassinato do então ditador Park Chung Hee.
Yoon disse que sua decisão foi tomada para remover forças pró-Coreia do Norte do país e proteger a ordem constitucional liberal.
Ele disse não ter tido alternativa senão a lei marcial, mas não esclareceu quais medidas serão tomadas a partir de agora.
Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, aqueles que violarem a lei marcial podem ser presos sem um mandado.
Além disso, todos os meios de comunicação e editoras ficarão sob o comando e as atividades do regime de lei marcial.
A agência também informa que profissionais de saúde, incluindo médicos em treinamento, foram obrigados a retornar ao trabalho em 48 horas.
📸 Manifestantes começam a chegar ao prédio da Assembleia Nacional, em Seul
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