📸 Tenente-Coronel Mauro Cid é ouvido pela CPMI dos atos de 8 de janeiro nesta terça-feira - (foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)
Mauro Cid presta novo depoimento após investigações apontarem que ele sabia de plano golpista
- A Polícia Federal enviou ao STF um pedido para anular os benefícios da delação premiada do ex-ajudante
Nesta terça (19), o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro prestou um novo depoimento em Brasília (DF). A Polícia Federal recuperou dados apagados dos dispositivos eletrônicos de Mauro Cid, que indicam que ele sabia do plano para matar Lula, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Cid negou ter conhecimento do plano de golpe. A Polícia Federal enviou ao STF um pedido para anular os benefícios da delação premiada do ex-ajudante.
Credito: R7 Brasília
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, vai à CPMI do 8/1 fardado
- Cid está preso desde maio pelas suspeitas em torno da falsificação do cartão de vacinação e é investigado por planejar golpe de Estado contra o presidente Lula
Principal ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid chegou fardado à CPI do 8 de janeiro para prestar depoimento. Cid deve ser ouvido em público pela primeira vez nesta terça-feira (11).
A expectativa entre integrantes das Forças Armadas e do Ministério da Defesa era de que Cid não fosse à comissão com a farda. Apesar de ser tenente-coronel da ativa, a avaliação é de que ir com o traje oficial pode levar a caserna ainda mais para a crise do golpismo.
Apesar disso, não são poucos os colegas de carreira que prestam solidariedade a ele e se unem nas críticas aos métodos do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Outro motivo é o fato de que seu pai, general Mauro Cid, ser respeitado no meio. Segundo relatos, o oficial está contrariado por entender que o filho foi abandonado pelo ex-presidente.
Cid está preso desde maio pelas suspeitas em torno da falsificação do cartão de vacinação dele, da esposa, da filha mais nova de Bolsonaro e do próprio ex-presidente. A ministra do Supremo Cármen Lúcia entendeu que ele deve ir à sessão, mas pode ficar calado para não produzir provas contra si mesmo.
Mesmo tendo sido convocado para falar sobre o conteúdo das mensagens trocadas após a vitória de Lula -sobretudo com o coronel do Exército Jean Lawand Júnior, que prestou depoimento no mês passado-, Cid pode ser alvo de questionamentos que vão desde as joias trazidas da Arábia Saudita até as compras da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Leia: Senador bolsonarista a Lawand: 'O senhor não convence ninguém'
No final do governo, o militar chegou a enviar um integrante da ajudância de ordens para o aeroporto de Guarulhos em busca dos presentes apreendidos pela Receita Federal em 2021.
Mauro Cid também deve ser questionado sobre as transações suspeitas descobertas pela Polícia Federal a partir de sua quebra de sigilo telemático e bancário. Sobre esse tema, entre outros pontos, parlamentares devem perguntar qual a origem do dinheiro utilizado por ele e outros ajudantes de ordens para pagar contas de Michelle Bolsonaro e por que eram realizadas transações em dinheiro vivo e saques fracionados.
Credito: ESTADO DE MINAS
Porque o Brasil e chamado de Pais das bananeiras
O Brasil é frequentemente chamado de "país das bananas" devido à sua longa história como um dos maiores produtores e exportadores de bananas no mundo. A expressão também tem um tom pejorativo quando usada para descrever a economia ou a política do país, sugerindo uma certa instabilidade ou falta de seriedade.
Historicamente, o Brasil foi um dos maiores exportadores de bananas, especialmente nas primeiras décadas do século XX, e a fruta se tornou símbolo da agricultura do país. No entanto, vale a pena lembrar que o termo "república das bananas" também é usado de maneira mais ampla para descrever países que têm uma dependência econômica significativa de produtos agrícolas específicos e que podem ter governos instáveis ou corruptos.
Esses aspectos contribuíram para a criação e perpetuação do termo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário