Em entrevista à Euronews, Carlos Cuerpo disse que era muito cedo para apontar o dedo relativamente às inundações mortais em Valência, numa altura em que dezenas de milhares de pessoas protestam contra uma resposta do governo que consideram inadequada.
A Espanha vai fazer "tudo o que for preciso" para ajudar as pessoas afetadas pelas inundações devastadoras, mas é demasiado cedo para começar a atribuir culpas, disse o ministro das finanças, Carlos Cuerpo, em entrevista à Euronews.
As inundações na região de Valência causaram centenas de mortos e levaram dezenas de milhares de pessoas a sair à rua, em protesto, e a pedir a demissão do presidente do governo regional da Comunidade Valenciana Carlos Mazón.
O governo está a tentar dar às pessoas "um pouco de esperança de que estaremos com elas o tempo que for preciso e com todos os recursos necessários", disse Cuerpo no programa Europe Conversation da Euronews, usando uma frase frequentemente associada a Mario Draghi, o chefe do Banco Central Europeu que se comprometeu a salvar o euro.
"É claro que se compreende este sentimento de raiva, de frustração da população local", acrescentou Cuerpo, com muitos em Espanha a queixarem-se de que a resposta do Estado tem sido lenta e mal gerida.
"Haverá tempo para atribuirmos responsabilidades. E, na minha opinião pessoal, esse momento ainda não chegou, agora é altura de dar uma resposta rápida", disse.
Ainda é "um pouco cedo" para calcular o impacto económico da catástrofe, disse Cuerpo, citando as consequências "devastadoras" nas empresas de uma região que vale cerca de 1% do PIB do país.
Cuerpo, que se tornou ministro da Economia, Comércio e Empresas em dezembro de 2023, está de visita a Bruxelas para tentar obter acesso aos fundos da UE destinados a ajudar a agricultura e as regiões, reconstruir a economia pós-Covid e mostrar solidariedade para com os países que enfrentam catástrofes naturais, e disse que teve "muito boas reações" dos Comissários sobre o assunto.
A entrevista completa da Euronews será publicada no final desta semana.
Credito: Euronews
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