Putin ameaça atingir centros de decisão em Kiev com o novo míssil russo e tece elogios a Trump
O lançamento de vários mísseis Oreshnik num único ataque teria um poder de destruição semelhante ao de uma arma nuclear, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin.
O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou atacar a capital ucraniana, Kiev, com os mísseis Oreshnik que recentemente deu a conhecer, enquanto elogiava o chefe de Estado eleito dos EUA, Donald Trump, como sendo alguém "bastante inteligente e experiente".
"Não excluímos a utilização do míssil Oreshnik contra as forças armadas, as instalações da indústria militar ou o centro de decisão, incluindo em Kiev", disse Putin numa conferência de imprensa no Cazaquistão, na quinta-feira.
O míssil Oreshnik, lançado pela primeira vez contra a Ucrânia na semana passada, transporta seis ogivas e pode viajar a uma velocidade dez vezes superior à do som, segundo Putin, que também afirmou que não pode ser intercetado por nenhum sistema moderno de defesa aérea.
A utilização de vários mísseis Oreshnik num só ataque seria comparável, em termos de poder devastador, a uma arma nuclear, afirmou.
O Oreshnik pode penetrar em bunkers subterrâneos e lançar dezenas de submunições que "transformam tudo em pó", disse Putin na cimeira de uma aliança de segurança de antigas nações soviéticas, que decorreu no Cazaquistão.
"Ainda que o Oreshnik não seja, obviamente, uma arma de destruição maciça", acrescentou Putin.
O presidente russo sugeriu que a decisão dos EUA de permitir que a Ucrânia ataque a Rússia com mísseis de longo alcance pode ter como objetivo dificultar a negociação de um acordo de paz por parte da próxima administração americana.
O chefe de Estado russo saudou ainda o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, detalhando que é um líder "inteligente e experiente" e manifestando confiança de que será capaz de encontrar uma solução a esse nível, já que "enfrentou um desafio tão grande como recuperar a Casa Branca".
Trump já afirmou anteriormente que poderia acabar com a guerra na Ucrânia "num dia", sem oferecer pormenores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário