O Presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu Donald Trump e Volodymyr Zelenskyy em Paris, no sábado. O encontro trilateral acontece horas antes da reabertura da Catedral de Notre-Dame.
O antigo e futuro presidente americano disse que ele e Macron iriam discutir um mundo que se tornou “um pouco louco”, enquanto se encontravam antes da celebração da reabertura da Catedral de Notre-Dame, cinco anos após um incêndio devastador que quase destruiu este marco histórico parisiense de 861 anos.
Antes de entrarem, Trump disse que “parece mesmo que o mundo está a ficar um pouco louco neste momento. E nós vamos falar sobre isso”.
À medida que Trump chegava ao Palácio do Eliseu, a residência oficial do Presidente francês, Macron esforçou-se por projetar uma imagem de proximidade, posando para múltiplos apertos de mão intercalados com muitas palmadinhas nas costas. Trump disse que era “uma grande honra” e falou da “grande relação” que os dois têm mantido.
No palácio, foi estendida uma grande passadeira vermelha, tal como os franceses recebem os presidentes americanos em exercício.
Quando aceitou o convite para se deslocar a Paris, Trump disse que Macron tinha feito “um trabalho maravilhoso para garantir que Notre-Dame fosse restaurada ao seu nível máximo de glória, e ainda mais. Será um dia muito especial para todos!”.
Zelenskyy junta-se à "cimeira" de Notre-Dame
Durante todo o dia, em que se ultimavam os preparativos para a reabertura da simbólica Catedral de Notre-Dame, não se falava noutra coisa senão num encontro trilateral entre Donald Trump, Emmanuel Macron e Volodymyr Zelenskyy.
Um "cimeira" abençoada pela reabertura da Notre-Dame. O segredo ficou guardado até ao momento da chegada de Trump. Logo após, o Palácio do Eliseu confirmou que o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, ia reunir-se com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, para um encontro trilateral.
Macron, que tem tido uma relação de altos e baixos com Trump, tem feito questão de cultivar boas relações desde que o republicano derrotou a democrata Kamala Harris no mês passado.
Trump foi convidado como presidente eleito de uma “nação amiga”, justificou o gabinete de Macron, acrescentando: “Isto não é de forma alguma excecional, já o fizemos antes”, justificou o gabinete do Eliseu desvalorizando a importância dada a Trump uma vez que ainda não tomou posse como Presidente dos EUA.
O tratamento da passadeira vermelha foi mais um sinal de como Macron e outros líderes europeus estão ansiosos por conquistar a simpatia de Trump e apaziguar os ânimos, mesmo antes da sua tomada de posse.
Esta é a primeira viagem internacional de Donald Trump desde que venceu as eleições nos EUA. Durante a campanha eleitoral em novembro, o recém-eleito presidente prometeu acabar com a guerra na Ucrânia de forma rápida, levantando receios em Kiev que teme o fim do apoio militar dos Estados Unidos.
"Tive uma reunião trilateral boa e produtiva com o Presidente Trump e o Presidente Macron no Palácio do Eliseu", escreveu Zelenskyy na rede Telegram (e no X).
"O Presidente Trump foi resoluto, como sempre. Agradeço, a ele e a Macron por organizar esta reunião importante. Todos nós queremos que esta guerra termine o mais rapidamente possível e de uma forma justa. Falámos sobre o nosso povo, a situação no terreno e uma paz justa.
Concordámos em continuar a trabalhar em conjunto e a manter-nos em contacto. A paz através da força é possível", disse o Presidente da Ucrânia após se encontrar com o presidente eleito Donald Trump.
Macron e Zelenskyy procuram convencer o futuro presidente norte-americano a manter o apoio à Ucrânia contra a agressão russa. O encontro trilateral terá um cariz geopolítico complexo já que deverá também incluir os conflitos no Médio Oriente.
Segurança extremamente apertada para a reabertura da Notre-Dame
De acordo com a polícia nacional francesa, mais de 20 agentes de segurança do governo francês estavam a ajudar a garantir a segurança de Trump, juntamente com os Serviços Secretos. Uma carrinha especial da polícia francesa forneceu proteção anti-drone para a comitiva de Trump.
A segurança foi mais apertada do que o habitual à porta da Embaixada dos EUA e de outros locais em Paris para a reabertura da Catedral de Notre-Dame, onde são esperados dezenas de convidados internacionais.
O Presidente democrata Joe Biden também foi convidado, mas não estará presente. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, invocou um conflito de agenda e disse que a primeira-dama Jill Biden representará os Estados Unidos.
Credito: Euronews
Macron, Zelensky, Trump e Elon Musk prestigiam reabertura da Catedral de Notre-Dame
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