Os líderes ocidentais afirmam que a Coreia do Norte enviou cerca de 10.000 soldados para ajudar a campanha militar da Rússia.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy afirma que o envio de milhares de soldados norte-coreanos para a Rússia está a empurrar a guerra para além das suas fronteiras.
Zelenskyy escreveu no Telegram: "Só há uma conclusão: esta guerra está a ser internacionalizada e ultrapassa as fronteiras".
Os líderes ocidentais também alertaram para o facto de o envolvimento da Coreia do Norte numa guerra europeia poder aumentar as tensões na região do Indo-Pacífico.
O presidente da Finlândia afirmou que o envio de tropas da Coreia do Norte para a Rússia representa uma escalada da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, contrariando a posição da China sobre o conflito, após conversações com o presidente chinês.
"A atividade norte-coreana neste momento, tanto em termos de exportação de armas como, especialmente, em termos de envio de tropas, é lamentável para a Rússia, é uma escalada, uma expansão e uma provocação", disse Stubb aos jornalistas em Pequim.
Zelenskyy disse ter falado com o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, e ter-lhe dito que 3.000 soldados norte-coreanos já se encontram em bases militares perto da linha da frente ucraniana e que espera que esse destacamento aumente para 12.000.
No Pentágono, na terça-feira, o porta-voz do major-general Pat Ryder disse que um "número relativamente pequeno" de tropas norte-coreanas está agora na região russa de Kursk, onde as tropas russas têm lutado para fazer recuar uma incursão ucraniana, e que mais alguns milhares se dirigem nessa direção.
A Coreia do Sul, que tem mantido contactos estreitos com a NATO, os EUA e a União Europeia sobre os últimos acontecimentos, avisou na semana passada que poderia enviar armas para a Ucrânia em retaliação pelo envolvimento do Norte.
Entretanto, a Coreia do Norte afirmou que o seu principal diplomata está de visita à Rússia, em mais um sinal do aprofundamento das suas relações.
As tensões na península coreana atingiram o ponto mais alto dos últimos anos, com a Coreia do Norte a prosseguir os seus testes de armamento e com a Coreia do Sul e os Estados Unidos a alargarem os seus exercícios militares.
O incidente ocorre numa altura em que drones, mísseis e bombas russas atingiram Kiev e Kharkiv durante a noite de segunda para terça-feira, matando quatro pessoas e ferindo 15, de acordo com as autoridades locais.
O exército russo está também a exercer uma forte pressão contra as defesas da linha da frente na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.
O Ministério da Defesa russo afirmou na terça-feira que as tropas russas capturaram a cidade de Hirnyk, em Donetsk, e as aldeias de Katerynivka e Bohoiavlenka.
Credito: Euronews
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