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Brasil: Campo-grandense terá de pagar R$ 87,4 mil de IPVA por Mclaren

 

📸 Proprietário de Mclarem semelhante a essa vai receber o boleto de IPVA com o maior valor em Mato Grosso do Sul


Campo-grandense terá de pagar R$ 87,4 mil de IPVA por Mclaren 

  • Esportivo está avaliado em R$ 2,9 milhões e se o proprietário pagar o imposto à vista, terá direito a desconto de 15% e vai economizar pouco mais de R$ 14 mil


Proprietários de quase 900 mil veículos em Mato Grosso do Sul estão apreensivos pela chegada dos boletos de cobrança do IPVA, que começam a ser distribuídos no próximo dia 2. Mas um deles, o proprietário de uma Mclaren 720S Coupe, avaliada em R$ 2.915.685,00, deve estar mais curioso que a maioria, já que é a primeira vez que vai pagar o imposto do carrão. 


Residente em Campo Grande, ele vai receber cobrança de R$ 87.470,55, já que a alíquota é de 3% sobre o valor venal do carro, estipulado pela Fipe. Se pagar à vista, até 31 de janeiro do próximo ano, terá direito a desconto de 15% e a conta cairá para “apenas” R$ 73.348,96. E, se não tiver dinheiro em caixa e tiver de dividir a fatura, serão cinco parcelas de R$ 17.494,11. 


E o valor só não é maior porque o carro já é “velho”. Foi fabricado em 2018. Se fosse de 2023 seria cerca de um milhão de reais mais caro e o “pobre” do proprietário teria pagar em torno de R$ 30 mil a mais em imposto. 


A secretaria de Fazenda, que nesta sexta-feira (29) concedeu coletiva de imprensa para informar que espera arrecadar em torno de R$ 1,2 bilhão com o IPVA no próximo ano, não informou o nome do proprietário do superesportivo nem se o veículo está registrado em nome de alguma empresa ou de pessoa física.

Caso esteja em nome de empresa que tem mais de 30 veículos, os chamados frotistas, o imposto da Mclaren cai de 3% para 2% sobre o valor de avaliação do carro. Se for este o caso, o IPVA cai para R$ 58.311,70, gerando uma economia de R$ 29.159,00. 


Em segundo lugar neste ranking estadual dos carrões está uma Porsche 911 GT3 manual, fabricada em 2022, avaliada em R$ 2.038.387,00. O proprietário deve receber boleto de R$ 61.151,61, a não ser que seja frotista e tenha direito a pagar apenas 2%. Metade daquilo que ele pagar será repassado à prefeitura de Laguna Carapã, município onde esta registrado o esportivo. 



COMPARATIVOS


Na comparação com a Mclaren, a Porsche fica bem atrás. A velocidade máxima da primeira é de 341 quilômetros por hora. A outra consegue atingir apenas 313 por hora, conforme as descrições do fabricante. O problema, porém, é que as ruas de Campo Grande permitem velocidade máxima de apenas 50 por hora. 


Além disso, a Maclaren tem 720 cavalos de potência, ante “apenas” 510 da Porsche. Para efeito de comparação, um Chevrolet Onix, um dos carros mais vendidos do Brasil, tem 116 cavalos. Outra vantagem da Mclaren sobre o segundo colocado é sua arrancada. A fabricante diz que ele atinge 100 quilômetros por hora em apenas 2,9 segundos. A Porsche, por sua vez, demora 3,2 segundos. 


Mas, se o Governo estadual divulgou dados do veículo tributável mais caro, também divulgou o mais em conta. É um ciclomotor fabricado em 2012  e que está avaliado em R$ 1.347.00. Seu imposto será de R$ 27,00. A desvantagem deste proprietário é que ele não poderá parcelar o imposto, já que isso só pode ser feito se o valor das parcelas ultrapassar os R$ 50,00.



MENOS CARROS


No ano passado, no chamado primeiro lançamento, foram distribuídos 880.443 carnês. Neste ano, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (29), serão 872.901, o que representa retração de 0,8%.  Se todos pagassem, entrariam R$ 1.227.604.946,30 nos cofres estaduais e municipais.  


Porém, é grande o número de proprietários que não pagam.  Dos que receberam a cobrança no ano passado, 154. 014 , ou 17,04%, não haviam pagado o imposto até esta sexta-feira.  Quem não pagar o imposto não pode transferir e nem licenciar o veículo, correndo risco de apreensão caso passe por uma blitz de trânsito.  


Para aproveitar o desconto de 15%, que é o maior do País, segundo o auditor fiscal Rodrigo Uehara, da secretaria de Fazenda, a grande maioria dos boletos são pagos à vista. No ano passado, foram 557.386 que aproveitaram o abatimento. 


Credito: Correio do Estado


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