O presidente da Ucrânia afirma que só aceitará encontrar-se com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, depois de ter chegado a um plano comum Donald Trump.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que uma reunião com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, só poderá ter lugar depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter chegado a um plano para pôr fim à guerra na Ucrânia.
Zelenskyy fez estas declarações ao sentar-se com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, em Munique, durante a Conferência de Segurança de Munique.
O líder ucraniano afirma que o seu país precisa de mais garantias antes de ser possível um acordo de paz, nomeadamente garantias de segurança. O líder ucraniano sublinhou também a necessidade de a Europa participar em eventuais conversações de paz.
"Porque estamos a falar de garantias de segurança como ponto principal de qualquer documento sobre o fim da guerra ou sobre o fim da guerra, garantias de segurança para a Ucrânia, para toda a Europa, e a Ucrânia já faz parte da Europa e fará parte de uma União Europeia igualitária", disse Zelenskyy.
A Ucrânia já faz parte da Europa e fará parte da União Europeia em pé de igualdade", acrescentou Zelenskyy. Zelenskyy acredita que o 47º presidente dos EUA é a chave para acabar com a invasão russa do seu país e expressou a sua gratidão pelo apoio dos EUA no passado - sob a administração Biden - e o desejo de um apoio contínuo.
"Precisamos do forte apoio de um país forte, os Estados Unidos, de um presidente (Donald) Trump forte, precisamos do seu apoio e precisamos que ele esteja do nosso lado", acrescentou Zelenskyy.
Zelenskyy explicou que não há necessidade de qualquer envolvimento direto da sua parte com Putin, nem de mediação.
"Não se trata de dois países a lutar entre si, mas sim da Rússia a trazer a guerra para a nossa terra e nós estamos a defendê-la, penso eu, com honra".
O presidente rejeitou também as especulações de que um acordo possa ser alcançado ou assinado à margem da Conferência de Segurança de Munique.
"Um acordo de paz não pode ser assinado em Munique, porque isto é Munique e o presidente (Donald Trump) não está cá. E lembramo-nos das coisas que já foram assinadas aqui", observou Zelenskyy.
O encontro de Zelenskyy com JD Vance foi descrito pelo líder ucraniano como "produtivo". Os dois reuniram-se com as respectivas delegações para iniciar a comunicação e explorar formas de pôr fim à guerra.
Após a reunião, Zelenskyy afirmou, em declarações aos meios de comunicação social, que esta era a primeira de muitas reuniões construtivas com altos-representantes dos EUA. Manifestou igualmente o desejo da sua nação de chegar a um acordo de paz, mas sublinhou que as garantias de segurança devem ser dadas em primeiro lugar.
Zelenskyy reconhece que a Ucrânia tem de ser protegida pelos seus recursos.
"Se falarmos de forma pragmática, não apenas sobre a defesa da Europa, embora eu pense que a defesa da Europa é a prioridade e as pessoas são a prioridade, mas também podemos falar sobre isso de forma pragmática do ponto de vista financeiro", disse o presidente ucraniano.
Zelenskyy afirma que é do interesse de Washington preservar a liberdade da Ucrânia, de modo a garantir que os seus recursos naturais não caiam nas mãos da Rússia ocupante e dos seus aliados.
O líder ucraniano também se reuniu com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, para discutir o reforço da pressão das sanções contra a Rússia e a preparação de um 16º pacote de sanções da UE.
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