- Presidente da República é reprovado pela maioria da população da Capital, indica pesquisa IPR/Correio do Estado
A revogação do ato normativo da Receita Federal do Brasil (RFB) que continha regras sobre a coleta de informações de movimentações financeiras via Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) – no caso, o Pix – acima de R$ 5 mil, “derreteu” a imagem do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Campo Grande.
É o que apontou o levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Resultado (IPR), por solicitação do Correio do Estado, com 412 moradores do município entre esta segunda-feira e ontem, ou seja, logo após a decisão de Lula de mandar revogar o ato normativo da RFB.
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Pela pesquisa do IPR/Correio do Estado, 68,93% dos entrevistados disseram que reprovam a administração do presidente Lula, enquanto apenas 26,70% falaram que aprovam. Já outros 4,37% não souberam ou não quiseram responder.
Você aprova ou desaprova a administração do Presidente Lula?
68,93% - Desaprovo
26,70% - Aprovo
4,27% - Não sabe/Não quis responder
Em sua opinião como você avalia a administração do Presidente Lula?
5,58% - Ótimo
10,44% - Bom
25,00% - Regular
9,47% - Ruim
47,82% - Péssimo
1,70% - Não sabe/Não quis responder
PIX
Para checar os reflexos negativos da derrota pública de Lula após a forte pressão da oposição bolsonarista com relação à polêmica do Pix, o IPR/Correio do Estado perguntou aos campo-grandenses qual a opinião deles sobre a fiscalização do SPI pela Receita Federal.
Em resposta, foram contra 79,85% dos entrevistados, enquanto 9,22% disseram que são indiferentes sobre o assunto e outros 4,13% falaram que são a favor. Já outros 6,80% não souberam ou não quiseram responder.
Para checar os reflexos negativos da derrota pública de Lula após a forte pressão da oposição bolsonarista com relação à polêmica do Pix, o IPR/Correio do Estado perguntou aos campo-grandenses qual a opinião deles sobre a fiscalização do SPI pela Receita Federal.
Em resposta, foram contra 79,85% dos entrevistados, enquanto 9,22% disseram que são indiferentes sobre o assunto e outros 4,13% falaram que são a favor. Já outros 6,80% não souberam ou não quiseram responder.
Qual a sua opinião sobre a fiscalização do Pix pela Receita Federal?
4,13% - Sou a favor
79,85% - Sou contra
9,22% - Indiferente
6,80% - Não sabe/Não quis responder
Também foi questionado se os participantes da pesquisa sabiam que o governo federal tinha decidido revogar a instrução normativa da RFB, a qual havia entrado em vigor no dia 1º e que fiscalizaria o Pix.
Conforme 86,41% dos entrevistados, a resposta foi que sabiam sim, enquanto 7,52% disseram que não sabiam que a instrução normativa da RFB fiscalizaria o Pix e outros 6,07% responderam que não sabiam ou preferiram não comentar.
Você sabia que o governo federal decidiu revogar uma instrução normativa da Receita que entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2025, que entraria a fiscalização do Pix pela Receita Federal?
86,41% - Sim
7,52% - Não
6,07% - Não sabe/Não quis responder
Ainda nesse contexto, o IPR/Correio do Estado perguntou aos campo-grandenses se, na opinião deles, o governo federal poderá fiscalizar o SPI pela Receita Federal ou se isso é apenas uma fake news.
Na avaliação de 52,67% dos entrevistados, a resposta foi que mais para frente o presidente Lula vai taxar e fiscalizar o SPI. Já para 23,06% dos entrevistados Lula taxaria o Pix, mas voltou atrás, enquanto 14,32% falaram que essa informação não passa de uma fake news. Outros 9,95% não souberam ou não quiseram responder à pergunta.
Na sua opinião, você acredita que o governo federal poderá taxar e fiscalizar o Pix ou é apenas uma fake news?
52,67% - Mais pra frente ele irá taxar e fiscalizar o Pix
23,06% - Iria taxar mas voltou atrás
14,32% - Não passou de fake news
9,95% - Não sabe/Não quis responder
O estudo foi realizado com moradores de Campo Grande com 16 anos ou mais. O método utilizado foi por conglomerados e com amostragem aleatória simples. A margem de erro considerada para essa pesquisa é de 4,9 pontos porcentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%, sendo entrevistadas 412 pessoas no período de 20/1 a 22/1.
ANÁLISE
Para o diretor e coordenador do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, o que chamou atenção foi o estrago que essa polêmica do Pix fez à imagem do presidente Lula em Campo Grande.
[“Não apenas a fiscalização, mas também a possível taxação. Isso maculou e prejudicou muito a imagem do governo federal aqui”, analisou.]
Ele pontuou que, no ano passado, o presidente Lula não estava tão mal avaliado.
[“Ele estava melhor avaliado, e agora ele está muito mal avaliado. E parte disso é por essas questões do Pix, mas não podemos esquecer do aumento do dólar e do episódio de tentativa da volta do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito [o antigo Dpvat, atual Spvat]. Enfim, essas ações desastrosas da parte de comunicação tiverem efeitos nefastos politicamente”, afirmou.]
Barbosa argumentou que o que também lhe chamou atenção foi que essa questão do Pix deixou marcas tão profundas que a população ainda pensa que ele será taxado. “Mesmo que em momento nenhum isso tenha sido noticiado, mas a oposição trabalhou tão bem isso, a percepção que se tem é que o governo federal está esperando para poder taxar”, opinou.
O diretor e coordenador do IPR assegurou que isso vai causar um transtorno político muito grande, porque a grande maioria da população é contra taxar o Pix.
[“Atualmente, o Pix é usado por todo mundo para fazer movimentações financeiras, tanto é que substituiu o TED e o DOC. Qualquer pagamento a gente faz por Pix, pois é muito mais prático. Então, taxar isso vai ser algo bem complicado ou até mesmo falar a palavra fiscalização para a população também é algo bem complicado”, alertou.]
Ele acrescentou que, embora já tenha essa fiscalização do Pix pela RFB, o simples fato de falar que vai fiscalizar já prejudica a imagem do governo federal.
[“Portanto, a gente tem, de um lado, um cenário econômico positivo para o campo da grandeza, só que a imagem do governo federal com essas ações do Pix está negativa. A população está sabendo diferenciar uma questão da outra, embora uma influencie a outra. Dessa forma, as ações desastradas do governo podem piorar a situação econômica do País, enfim, e causar mais transtornos políticos”, projetou.]
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