Dois reféns foram libertados em Rafah, Gaza, pelo Hamas e entregues à Cruz Vermelha. Três reféns em outro ponto e o último entregue à Cruz Vermelha, sem gravação de imagens. A libertação faz parte da troca de seis prisioneiros prevista para sábado como parte do acordo de cessar-fogo.
Dois dos seis reféns israelitas, Tal Shoham, 40 anos, e Avera Mengistu, 39 anos, foram libertados logo pela manhã na cidade de Rafah, ao sul de Gaza. Os reféns foram entregues à Cruz Vermelha por combatentes armados e mascarados do Hamas, num ato que aconteceu em frente a uma multidão, como tem acontecido nas últimas trocas de prisioneiros entre Israel e o Hamas.
O exército israelita confirmou que os dois reféns já estão em território israelita. O Hamas deve libertar no sábado mais quatro reféns, dos quais também já se sabe a identidade.
Esta libertação de hoje ocorre num período de elevada tensão após uma controvérsia relacionada aos restos mortais de Shiri Bibas.
O Hamas entregou inicialmente o corpo errado, que acabou por ser o de uma mulher palestiniana não identificada, provocando a indignação do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, que prometeu vingança e qualificou tal ato como "uma violação cruel e maliciosa".
Libertação dos quatro restantes
Viaturas da Cruz Vermelha chegaram à cidade de Nuseirat, no centro de Gaza, para uma nova libertação de reféns do Hamas, enquanto uma multidão de centenas de palestinianos se reunia na cidade para preparar a entrega dos reféns.
Um dos reféns é um cidadão com ligações a Portugal. Trata-se de Omer Shem-Tov, de 22 anos, que estava em processo de obtenção da nacionalidade" quando foi raptado pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro, num processo que já deverá ter sido concluído.
O pai, Malki Shem Tov, tem a cidadania portuguesa por pertencer a uma família sefardita tradicional marroquina, com os sobrenomes Hassan e Eskenazi.
O jovem luso-israelita foi raptado por militantes do Hamas no Festival de Música Supernova e levado para Gaza com um grupo de amigos, entretanto libertados durante o cessar-fogo de novembro de 2023.
602 prisioneiros palestinianos serão libertados
O gabinete de imprensa dos prisioneiros do Hamas e o Clube dos Prisioneiros Palestinianos publicaram as listas dos 602 prisioneiros palestinianos que serão libertados hoje, incluindo 50 que cumpriam penas de prisão perpétua.
Dos que serão libertados, 445 foram capturados na Faixa de Gaza depois de 7 de outubro e serão devolvidos ao enclave.
Nael Barghouti, o palestiniano há mais tempo preso numa prisão israelita, detido em 1978 por ter morto um condutor de autocarro, é um dos 47 prisioneiros palestinianos que foram novamente detidos após a sua libertação na troca de Gilad Shalit em 2011.
Após a sua libertação, será deportado para o estrangeiro.
Segundo a "Rádio do Exército de Israel", seis dos prisioneiros que foram novamente detidos após a troca de Shalit recusaram-se a ser deportados para o estrangeiro. Permanecerão na prisão e outros seis prisioneiros serão libertados em seu lugar.
*Os nossos jornalistas estão a acompanhar a notícia que será atualizada sempre que se justifique.
Nenhum comentário:
Postar um comentário