Olaf Scholz, do SPD, e Alice Weidel, do AfD, tornaram-se candidatos oficiais ao cargo de chanceler alemão nas eleições de fevereiro. Scholz promete reformas sociais, enquanto Weidel propõe mudanças radicais na economia e na política de migração.
Olaf Scholz foi oficialmente confirmado como o candidato do seu partido a chanceler alemão numa conferência do partido social-democrata em Berlim, no sábado.
Os delegados confirmaram a sua candidatura por braço no ar, com apenas alguns votos contra.
Apesar das últimas sondagens mostrarem que o apoio aos seus sociais-democratas é de apenas 14-17%, Scholz mostrou-se combativo e disse, após a votação, que queria mais uma vez provar que estavam errados aqueles que não lhe davam qualquer hipótese de se tornar chanceler.
O SPD também esteve muito atrás nas sondagens até pouco antes das últimas eleições em 2021, mas acabou por ganhar a corrida. Scholz apelou ao seu partido para que lute para repetir este sucesso.
Scholz lidera um governo minoritário depois de a sua impopular e notoriamente rancorosa coligação tripartidária se ter desmoronado em novembro, quando demitiu o seu ministro das Finanças numa disputa sobre a forma de revitalizar a estagnada economia alemã.

Alternativa pela Alemanha formalizou Alice Weidel, horas antes
O partido AfD fez a formalização da candidata Alice Weidel também no sábado, no congresso de dois dias que está a realizar-se em Riesa, no Estado da Saxónia, um dos bastiões da AfD.
As últimas sondagens mostram o AfD em segundo lugar antes das eleições de 23 de fevereiro, com cerca de 20% de apoio. No entanto, Weidel - que esta semana teve uma conversa em direto com o bilionário Elon Musk, na plataforma X - não tem qualquer hipótese realista de se tornar líder da Alemanha, uma vez que os outros partidos se recusam a trabalhar com o AfD.
Já o bloco conservador lidera as sondagens com cerca de 30% e o seu candidato, Friedrich Merz (CDU/CSU), é o favorito para se tornar o próximo chanceler.
O atual líder dos democratas-cristão alemães procura um regresso ao convervadorismo e promete reconstruir a CDU/CSU como uma força forte para vencer as eleições.
As eleições realizam-se sete meses mais cedo do que o inicialmente previsto.
Credito: Euronews
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