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Netanyahu oferece um "pager dourado" a Donald Trump


 

A receção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, provocou uma grande controvérsia, uma vez que o encontro parecia ter dimensões políticas que ultrapassavam os limites do protocolo habitual.

 


A receção do primeiro-ministro de Israel por Donald Trump na Casa Branca incluiu alguns momentos invulgares, desde a forma como Trump cumprimentou o seu aliado, até uma troca de presentes muito pouco convencional e com significados ocultos.

Trump puxa a cadeira para Netanyahu

Um vídeo do presidente dos EUA a puxar a cadeira para que Netanyahu se sentasse enquanto estes se encontravam na Casa Branca tornou-se viral nas redes sociais. O gesto pode ser considerado invulgar e levantou questões sobre o que poderia significar. Terá sido apenas um gesto de cortesia?

A cena, que parece extremamente amigável, reflete a natureza da relação próxima entre as duas partes, uma vez que Trump não escondeu o seu apoio absoluto a Netanyahu desde que assumiu a presidência e o seu desejo de reforçar ao máximo as relações israelo-americanas.

Uma prenda invulgar... Netanyahu oferece "pager dourado" a Trump

No âmbito da reunião entre os dois aliados em Washington, Netanyahu ofereceu a Donald Trump um presente pouco convencional: um pager dourado e um pager normal, tal como noticiado pelos meios de comunicação social israelitas, incluindo o Jerusalem Post e o Times of Israel.

De acordo com os relatos, a resposta de Trump ao presente foi atípica, quando o presidente dos EUA recordou, e elogiou, o ataque de Israel ao Hezbollah utilizando pagers em setembro passado, descrevendo-o como uma "grande e maravilhosa operação".

Em troca, o novo presidente republicano entregou a Netanyahu uma fotografia dos dois durante a visita, acompanhada de uma dedicatória personalizada: "Para Bibi, o grande líder".

O ataque a que Trump se referiu não foi apenas uma operação de segurança, mas uma das operações israelitas mais mortíferas dos últimos anos.

A 17 e 18 de setembro, menos de uma semana antes da guerra de Israel contra o Líbano, o Estado judeu levou a cabo atentados bombistas contra pagers no Líbano e na Síria, matando e ferindo dezenas de pessoas.

Os ataques mataram 39 pessoas e feriram mais de 3.400, algumas das quais ficaram gravemente feridas, incluindo lesões oculares e amputações de dedos.

Meses após os ataques, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu veio a público confirmar a sua responsabilidade direta na operação. Ao contrário dos EUA, que sempre disse não ter tido qualquer envolvimento.

Israel declarou que a operação visava exclusivamente os membros do Hezbollah, enquanto fontes libanesas confirmaram que havia civis, incluindo crianças, entre as vítimas.

Credito: Euronews


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