Falando anteriormente sobre possíveis conversações, o presidente russo sublinhou que qualquer acordo de paz deveria respeitar as "realidades no terreno".
Download Now Free
O presidente russo, Vladimir Putin, diz que a Rússia está pronta a negociar com a Ucrânia, mas afirma que não há qualquer "desejo" do lado ucraniano de resolver as questões legais.
"Se houver vontade de negociar e de encontrar uma solução de compromisso, que alguém conduza essas negociações", afirmou.
"Mas do ponto de vista da assinatura dos documentos, é claro que tudo tem de ser feito de forma a que os advogados confirmem a legitimidade das pessoas que serão autorizadas pelo Estado ucraniano a assinar estes acordos."
O presidente russo acrescentou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, "não tem legitimidade" para liderar estas conversações.
"Podemos negociar com qualquer pessoa, mas como ele é ilegítimo, não tem o direito de assinar nada. Mas se ele quiser participar nas negociações, eu designarei as pessoas adequadas para conduzir essas negociações", disse aos jornalistas russos.
Anteriormente, ao falar sobre possíveis conversações, o presidente russo sublinhou que qualquer acordo de paz deveria respeitar as "realidades no terreno".
Em junho afirmou que a Ucrânia deveria renunciar à sua candidatura à NATO e retirar totalmente as suas forças de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson - as regiões que a Rússia anexou em setembro de 2022 - exigências que a Ucrânia e o Ocidente rejeitaram.
Moscovo também quer que o Ocidente levante as sanções que limitaram o acesso de Moscovo aos mercados mundiais e infligiram um duro golpe à economia russa.
Já a "fórmula de paz" inicial do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, exigia a retirada total da Rússia de todos os territórios ocupados, mas mais tarde suavizou a sua posição, uma vez que Moscovo continua a obter ganhos, e já não coloca essa retirada como condição para as conversações.
Zelenskyy sublinhou a necessidade de um acordo abrangente e não de uma paragem temporária das hostilidades que apenas permitiria à Rússia reabastecer o seu arsenal.
O presidente ucraniano tem insistido no envio de tropas ocidentais para a Ucrânia como forças de manutenção da paz.
Putin rejeitou igualmente uma trégua temporária, salientando que as tropas russas estão a pressionar uma ofensiva e que qualquer interrupção nos combates permitiria à Ucrânia obter reforços e abastecimentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário