O preço do café está previsto para aumentar até 40% em janeiro de 2025. Isso se deve principalmente a condições climáticas adversas que afetaram a produção de café no Brasil e no Vietnã, dois dos maiores produtores mundiais. Além disso, a demanda global crescente e o custo elevado de produção e transporte também contribuem para esse aumento.
O preço do café vai aumentar até 40% em janeiro em razão de uma decisão tomada pelas principais marcas do produto no Brasil. A informação foi apurada pelo jornal Folha de S. Paulo, a partir de comunicados internos aos quais teve acesso com exclusividade. O argumento para promover o reajuste é a disparada na cotação do grão no mercado global.
O grupo 3 corações, líder do setor, comunicou seus revendedores sobre um reajuste de 20% para café torrado e moído e em grãos a partir de dezembro, além de um novo repasse de 21% em 1º de janeiro de 2025.
Em comunicado enviado aos seus clientes, a empresa cita a alta histórica dos preços do café nas últimas semanas, ocasionada "por um conjunto de fatores climáticos, que se intensificaram nos últimos meses".
O documento ainda informa sobre aumentos para outros tipos de produto, a saber: em dezembro, 10% para solúveis; em janeiro, 11% para solúveis, 11% para cápsulas e 11% para cappuccinos.
A JDE (Jacobs Douwe Egberts), vice-líder do setor, decidiu reajustar os preços, em média, em 30% a partir de 1º janeiro. A empresa, que é dona de marcas como Pilão, L’Or e Maratá, também cita as altas da matéria-prima como justificativa para o aumento.
No comunicado confidencial enviado aos seus revendedores, a JDE diz que os percentuais de cada tipo de produto, marca e região serão informados até janeiro. A empresa diz ainda que pode haver "novas atualizações de preço a partir de fevereiro".
Alta no preço do café era esperada
A disparada dos preços, apesar de impressionante, não é inesperada. Ao menos desde outubro, como publicado pelo Café na Prensa, já havia fortes sinais de que os preços continuariam em alta devido aos problemas relatados nas lavouras.
No início de novembro, o CEO do grupo 3 corações, Pedro Lima, disse em entrevista à Folha que o preço sofreria reajuste, a fim de "equilibrar a situação de mercado".
"Nós ainda estamos repassando devagar porque o consumidor não aguenta, e [porque nem ] os concorrentes, nem o trade deixam", disse Lima na ocasião.
Da redação, com informações da Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário