A fábrica de armamento Thales, em Belfast, vai fabricar 5 mil mísseis de defesa aérea para a Ucrânia, no âmbito de um negócio que poderá atingir os 1,9 mil milhões de euros (1,6 mil milhões de libras), anunciou o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
Starmer fez o anúncio no domingo, quando apresentou um plano de quatro pontos para "alcançar a paz e defender a Ucrânia".
O contrato prevê que a empresa francesa Thales produza milhares de mísseis multirole leves (LMM), que já estão a ser utilizados pela Ucrânia no campo de batalha.
O novo contrato representa um aumento significativo em relação ao contrato de 196,3 milhões de euros (162 milhões de libras) para 650 mísseis que o governo britânico assinou com a Thales em setembro.
O acordo anunciado por Starmer no domingo tem um valor de 1,4 mil milhões de euros (1,16 mil milhões de libras), mas poderão ser investidos mais 605,5 milhões de euros (500 milhões de libras) no futuro, segundo o Ministério da Defesa britânico.
Uma empresa ucraniana parceira irá fabricar lançadores e veículos de comando e controlo para os mísseis.
"O meu apoio à Ucrânia é inabalável. Estou determinado a encontrar uma solução que ponha fim à guerra ilegal da Rússia e garanta à Ucrânia uma paz duradoura baseada na soberania e na segurança", afirmou Starmer.
"Ao duplicar o nosso apoio, trabalhar em estreita colaboração com os principais parceiros e garantir que a Ucrânia tenha uma voz forte à mesa de negociações, acredito que podemos chegar a um acordo forte e duradouro que proporcione uma paz permanente na Ucrânia", acrescentou.
Entretanto, John Healey, o ministro da defesa britânico, afirmou: "Este novo apoio ajudará a proteger a Ucrânia contra ataques de drones e mísseis, mas também ajudará a impedir novas agressões russas após o fim dos combates".
O acordo surge poucos dias depois de o governo britânico ter anunciado que as despesas com a defesa do Reino Unido iriam aumentar de 2,3% para 2,5% do PIB do país até abril de 2027.
Starmer afirmou que o contrato com a Thales não só ajudará a Ucrânia, como também impulsionará a economia do Reino Unido, criando 200 novos postos de trabalho e apoiando 700 já existentes.
Credito: Euronews
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