O sol emergia lentamente sobre o horizonte, tingindo o céu com tons dourados e rubros. Na grande cidade, onde os primeiros raios de luz dançavam entre os arranha-céus, uma figura se destacava em sua rotina matinal.
A cafeteria da esquina abria suas portas, liberando o aroma de grãos recém-moídos. O jornaleiro lançava seu primeiro exemplar do dia sobre a bancada, enquanto a senhora da janela ajeitava suas plantas, regando-as como se desse ao mundo sua saudação matinal.
E então, ela surgia—Majestade matinal, como chamavam os que a viam com frequência. Caminhando com elegância, sua postura impecável, seus olhos capturavam o brilho da aurora como se fossem feitos para refletir o ouro do amanhecer. Seu casaco vermelho vibrava com o frescor da manhã, e o silêncio ao seu redor era preenchido apenas pelo som metódico de seus passos.
Para quem observava, não era apenas mais um dia iniciando. Era um espetáculo discreto, uma cena que tornava as manhãs dignas de serem celebradas. Pois, mesmo sem palavras, ela carregava consigo uma aura de realeza.
E assim, como o próprio sol, ela seguia seu caminho—marcando o início de mais um dia, majestosa em sua simplicidade.
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